Reunião sediada em Iguaba Grande firma parcerias para a fiscalização no período do Defeso

Policiamento contará com o apoio da 7ª Unidade de Policiamento Ambiental Marítimo Fluvial/PMERJ

Autoridades ambientais e pescadores se reuniram na manhã desta quarta-feira, dia 08, na sede da Subsecretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca de Iguaba Grande, em um encontro realizado pela Câmara Técnica de Pesca do Comitê de Bacias do Lagos São João, que convidou a 7ª Unidade de Policiamento Ambiental – Upam Marítimo Fluvial, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), e a equipe de fiscalização do INEA – Instituto Estadual do Ambiente, com o objetivo de criar estratégias e estabelecer parcerias para intensificar o policiamento durante o Período do Defeso.

Até o dia 31 de Outubro está proibido qualquer tipo de pesca na Lagoa de Araruama por causa do período do defeso, que visa proteger os organismos aquáticos durante as fases de reprodução. A pesca, nesse período, é considerada crime ambiental e quem infringir a lei poderá sofrer penalidades que podem variar de multa à perda de equipamento.

O presidente do Comitê de Bacias, Leandro Coutinho, destaca o respeito que moradores e pescadores de Iguaba Grande têm durante o período do Defeso, mas adverte que é necessário somar forças com as entidades ambientais, pois existem áreas criticas que precisam de policiamento mais intenso, como é o caso da Área 1, na entrada da Lagoa de Araruama, no Canal do Itajuru, e a Área 2 na Ponta do Ambrósio. “O Defeso já existe há cinco anos e é fato que já melhorou muito a quantidade e qualidade do pescado, e a tendência é só melhorar. A gente sabe que existem pessoas que não respeitam, por isso, precisamos fortalecer as equipes de fiscalização”, disse Leandro.

Atualmente a fiscalização é feita pelas Guardas Ambientais dos municípios e agora soma forças com a 7ª Upam. Segundo levantamentos feitos pela Subsecretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca de Iguaba Grande, a estatística pesqueira chega a mais de 17 toneladas de peixes como carapeba, corvina, robalo e tainha somente em novembro de 2017, primeiro mês de pesca após o Defeso. De novembro de 2017 a julho deste ano, a estatística chegou a mais de 83 toneladas de pesca. Números que reforçam a importância de respeitar a lei que proíbe a pesca até final de Outubro.

O Subsecretário de Agricultura, Abastecimento e Pesca, Thiago Dutra, falou sobre a importância do Defeso que melhorou a qualidade de vida do pescador e aumentou a renda. “Eu falo como subsecretário, mas também falo como pescador, eu amo pescar e sei o valor que o Defeso têm para intensificar a pesca na nossa cidade. Hoje, com o Defeso, o pescador pode comercializar os peixes que chegam de 2 a 4 quilos. Há uns anos atrás, antes do Defeso, eles pescavam uma tainha, por exemplo, de 700 gramas, um peso que tem um valor muito baixo no mercado e acabava desvalorizando o trabalho do pescador”, concluiu o subsecretário.

“Nós só temos que agradecer aos fiscalizadores ao longo desses anos que são peças fundamentais. Se não fosse eles, muitas pessoas, que não são pescadores e que não respeitam o Defeso, iriam desrespeitar esse período”, ressaltou Cicero Vanderley, Presidente da Colônia de Pescadores Z 29 de Iguaba Grande.

Estavam presentes representantes do INEA- Instituto Estadual do Ambiente; a equipe da Guarda Ambiental de Iguaba Grande; pescadores do município e de cidades vizinhas, além da Upam – Unidade de Policiamento Ambiental, representada pelo Tenente Coronel Gustavo, que reforçou o apoio às equipes das cidades durante o Defeso.

Texto e fotos: Lívia Lisle

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