Escolas Municipais promovem culminância sobre Consciência Negra

Evento reuniu apresentações artísticas e exposição dos trabalhos dos alunos

No último sábado, as Escolas Municipais de Iguaba Grande realizaram uma culminância dos trabalhos sobre Consciência Negra. Durante os eventos, aconteceram peças teatrais, apresentações de dança, desfiles e exposições dos trabalhos realizados pelos alunos.

As atividades aconteceram em todas as Escolas Municipais, exceto na E. M. Alice Canellas, que realizou olimpíada de Matemática em outra data. As escolas reuniram questões fundamentais a respeito da importância dos negros na construção da história do povo brasileiro. Durante todo o mês de novembro foram realizadas apresentações e exposições de trabalhos com o objetivo de valorizar a cultura afro.

De acordo com a diretora da Escola Municipal Ernestina Soares de Azevedo, Rebeca Monteiro, a escola trabalhou a alimentação, a arte e a história do livro “Menina Bonita do laço de fita”. “Nós decidimos trabalhar a questão da arte da cultura afro, por isso que a gente trouxe a roda de capoeira, os animais africanos, os pratos típicos dessa cultura e o livro que foi trabalhado em sala com os alunos”, afirmou a diretora.

A capoeira foi trabalhada com a professora extra-classe Evellyn da Conceição, que também dá aula na Escolinha de Capoeira Arte Brasileira, que atualmente utiliza um espaço cedido pela Escola Paulino Pinto Pinheiro. “É importante trabalhar a difusão do conhecimento da nossa cultura, que por vezes é esquecida ou não é reconhecida. Muitas crianças, hoje, não têm acesso a essa atividade tão importante, que traz a dança, a musicalidade, a expressão corporal, e acima de tudo a cultura de um povo”, destacou.

Na escola Paulino Pinto Pinheiro, além de uma peça realizada pelos funcionários, também aconteceu apresentações dos alunos e exposição dos trabalhos realizados em sala. A Carla Fernandes, mãe da Rafaella Nicolly de 6 anos afirma que a filha se dedicou para esse trabalho e para ela foi muito importante.  “É bom porque ela se socializa e não tem essa questão de preconceito, de ser branco ou preto. Quero deixar esse ensinamento à ela, que todo mundo é igual”.

 

A Escola Therezinha Pedrosa, também realizou diversas atividades, como uma apresentação com os alunos inclusos, uma peça com o segundo segmento falando sobre a história da áfrica, além de um desfile com as alunas destacando os traços da cultura negra na moda. Para a diretora Danielle Corrêa é fundamental trabalhar esse assunto com os alunos. “O objetivo da escola nesse evento é promover os valores, promover essa ação participativa e cidadã dos alunos onde um respeita o outro, independente de cor ou raça”.

 

A aluna Juliana Sturn participou da peça e fala o quanto adquiriu conhecimento com isso. “Na peça, eu fiz o papel da árvore que simboliza as pessoas que sofrem preconceito. Todas as pessoas que maltrataram a árvore são as pessoas que cometem bullying então a planta quebrava, caía, e ia se machucando por dentro. Depois, a Rebeca, que fez o papel da princesa, foi regando a planta como se estivesse levantando a sua autoestima. O que eu levo pra minha vida é o respeito a todos, o amor e a harmonia, pois todos somos iguais”, destacou.

A Escola Cláudio Moacyr realizou dois dias de atividades, que contou com a palestra do Professor Marcelo  sobre a história do Brasil e a vinda dos negros, e depois com o Mestre Brasília e mestre Nagô falando sobre a história da capoeira. Logo após, os alunos participaram de uma roda de capoeira; oficina de turbante com a comunidade quilombola de Búzios e o desfile para eleger a beleza negra feminina e masculina da escola.

 

Texto e fotos: Julya Costa

 

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