A preservação dos ecossistemas lagunares é um dos desafios ambientais mais importantes para o estado do Rio de Janeiro. Compreender a saúde dessas lagoas e sua relação com a pesca artesanal é essencial para garantir a sustentabilidade dos recursos naturais e o equilíbrio ecológico.
Nesse contexto, a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Pesca, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), estão conduzindo uma análise detalhada do pescado na Laguna de Araruama, em Iguaba Grande. A iniciativa faz parte do projeto Sistemas Lagunares, especificamente do subprojeto REPELA (Reconstrução da Estatística Pesqueira Lagunar), financiado pela FAPERJ.
Sob a liderança do pesquisador Dr. Marcus Rodrigues, a equipe composta pelos doutorandos Larissa Freire e Thiago Barbosa, os mestrandos Felipe Cadilho e Yasmym Sarmento, e a bolsista de Iniciação Científica Laís Eller, realiza um trabalho fundamental para entender os impactos ambientais na pesca e na biodiversidade local.
As atividades incluem a biometria dos peixes provenientes da pesca artesanal e experimentos com redes de pesca do tipo picaré, arrastão e emalhe. Além disso, diversos parâmetros ambientais são medidos para correlacionar a ocorrência das espécies com a qualidade da água e outros fatores ecológicos.
Os dados coletados serão analisados em laboratório para comparar o status das lagoas do leste fluminense, abrangendo os sistemas lagunares de Piratininga-Itaipu, Maricá, Saquarema e Araruama. Esse tipo de estudo permite identificar impactos ambientais, avaliar a presença de poluentes e entender como a pesca artesanal pode ser praticada de forma sustentável.
Segundo Junior Guimarães, secretário de Meio Ambiente, essa ação reforça o compromisso da gestão pública com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. “Nosso objetivo é garantir que a pesca continue sendo uma atividade viável para as comunidades locais, sem comprometer a biodiversidade e a qualidade da água”, destaca.
O equilíbrio entre o uso dos recursos naturais e a preservação ambiental depende de estudos como este. A parceria entre órgãos públicos, universidades e pescadores fortalece a conscientização e possibilita a implementação de políticas eficazes para a conservação dos ecossistemas lagunares.
Com ações baseadas em ciência e responsabilidade ambiental, o trabalho realizado na Laguna de Araruama pode servir de modelo para outras regiões que enfrentam desafios semelhantes. Afinal, cuidar do meio ambiente é garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
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