No dia 25 de fevereiro, a secretaria de Cultura , por meio da Superintendência de Promoção da Igualdade Racial, deu um importante passo em direção ao reconhecimento do “Quilombo das Conceição”. A iniciativa visa resgatar e preservar a memória histórica e cultural dessa comunidade, que representa um marco na luta pela liberdade e resistência dos povos afrodescendentes na região.
Para embasar o processo de reconhecimento, foram iniciados estudos e pesquisas aprofundados, com o apoio de especialistas renomados. Entre eles, o do professor, Geraldo Ferreira, cujo trabalho acadêmico tem se destacado na área de história social, e do pedagogo e mestrando, Carlos Braz, que traz uma perspectiva interdisciplinar ao projeto. Juntos, eles estão analisando documentos históricos, como o último livro de compra e venda de escravos de São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande, além de outras fontes bibliográficas pertinentes.
Esses documentos, que remontam ao período escravagista, são fundamentais para compreender a formação do “Quilombo das Conceição” e sua importância na história local. A pesquisa busca não apenas identificar as origens da comunidade, mas também destacar o papel de resistência e organização dos quilombolas, que lutaram contra a opressão e construíram um legado de liberdade e identidade cultural.
O reconhecimento do “Quilombo das Conceição” não é apenas uma questão histórica, mas também um ato de reparação e valorização da cultura afro-brasileira. A iniciativa da secretaria de Cultura reflete um compromisso com a promoção da igualdade racial e o resgate de narrativas que foram marginalizadas ao longo dos séculos.
A expectativa é que, com os resultados das pesquisas, o “Quilombo das Conceição” seja oficialmente reconhecido. Além disso, o projeto pretende fomentar ações educativas e culturais, que promovam a conscientização sobre a importância dos quilombos na formação da identidade brasileira.
Este é um momento histórico para a região, que vê suas raízes sendo resgatadas e valorizadas. O trabalho em conjunto entre poder público, acadêmicos e a comunidade local demonstra que a memória e a cultura são pilares essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária