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Gambá: animal de hábito noturno que vive em Iguaba Grande

Por Evelyn Lole

Conhecido pelo seu forte odor, a presença de gambás em ruas, condomínios, telhados e árvores é notória em bairros da cidade de Iguaba Grande. O animal que tem hábitos noturnos e usa tronco de árvores para fazer sua toca, alimenta-se de frutos silvestres, ovos, vermes, cereais e filhotes de pássaros. Matar gambá é crime ambiental, portanto se a presença desse bicho traz algum incômodo, os moradores devem informar a secretaria de Meio Ambiente, através da Ouvidoria Municipal, para que seja feita a retirada do bicho de forma legal.

Segundo a veterinária Nadyne Andrade, os gambás são muito importantes para a sociedade, pois além de serem grandes dispersores de sementes, se alimentam de baratas, carrapatos, caramujos, etc. A espécie pode ser um risco em casos de briga ou atrito com humanos e outras animais, porque pode transmitir raiva, leptospirose e verminoses.

“Quando se sentem encurralados e ameaçados podem atacar, mas a melhor alternativa é deixá-los seguir, pois somente irão atravessar o quintal sem causar qualquer tipo de destruição. Inclusive, ao perceberem alguém por perto eles mesmos fogem. Normalmente só entram nas casas de passagem ou para se alimentarem em árvores frutíferas”, esclareceu Nadyne.

A espécie tem o nome de origem tupi-guarani, que significa seio oco. O animal é um marsupial (carrega seus filhotes em uma espécie de bolsa) da família Didelphidae, que pesa em média 4 kg e pode chegar a 50 cm de comprimento, fora a cauda que, inclusive, pode ter o mesmo tamanho. A gestação dura entre 12 e 13 dias, podendo nascer até 20 filhotes em cada ninhada. Os bichos nascem em forma de embrião, pesando 2g com 1cm, completando o desenvolvimento dentro do marsúpio da fêmea. A espécie é capaz de viver até oito anos.

“Eu sempre vejo gambás passando de um lado para o outro no condomínio onde moro, por causa das árvores. Inclusive um já foi parar na varanda do meu vizinho através de um galho grande entre os prédios. Foi um momento inusitado.”, comenta Márcio dos Anjos, morador do bairro de Iguaba Pequena.

O forte odor do animal é produzido pelas glândulas axilares que ele utiliza como defesa em caso de ameaça sendo capaz até de fingir-se de morto, na ‘esperança’ de que o ataque não ocorra.

O Secretário de Meio Ambiente, Vinicius Lavalle, ressalta que a espécie também tem a função ecológica importante de se alimentar de baratas e escorpiões, evitando a infestação dessas pragas nas áreas urbanas. “Os gambás, assim como todas as espécies nativas, são importantes reguladores do ecossistema de uma região evitando a disseminação de doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos por meio de animais”, ressalta.

“Já atendi mais de 35 ocorrências com gambás em domicílios e estabelecimentos comerciais. Em diversas situações de tempo mais adverso foi possível removê-los em horários diferentes. Antes da captura do animal, primeiramente é feita uma análise para verificar a integridade física, se carrega parasitas, após essa análise realizamos a realocação do animal ao habitat”, comenta Francisco Faria, Guarda Civil Ambiental Municipal.

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